segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

Sexo e Hipnotismo

É frequente nas palestras de divulgação que realizamos sermos perguntados sobre o poder da hipnose e a possibilidade de um indivíduo dizer ou fazer algo sem desejar sob transe hipnótico. De fato alguns perguntam porque temem e outros porque fantasiam. Não incomum, estas questões estão ligadas ao medo da inviolabilidade dos domínios pessoais e o desejo natural da autopreservação.

Também não é incomum nos depararmos com anúncios na Internet que fazem publicidade sobre o uso da hipnose como um poder de convencimento e sedução. Falam sobre atrair a atenção de pessoas através de um “poder mágico”, que “abate” os incautos e desavisados, tornando-os presa fácil. Em geral essa publicidade é dirigida a pessoas introvertidas ou com problemas adaptativos que buscam sexo e sociabilidade.

Utilizam freqüentemente nesses anúncios ilustrações de mulheres atraentes e sedutoras absolutamente abandonada e entregue aos caprichos sexuais de um homem – no caso, a figura do “poderoso hipnotizador”, fazendo aflorar fantasias de subjugação de outrem aos próprios caprichos, vaidades e perversões.

O apelo mexe com o imaginário e a fantasia de poder e dominação psíquica, em especial com pessoas desajustadas que alimentam o desejo secreto de controlar a mente de alguém. Tal apelo compromete a credibilidade deste valioso instrumento terapêutico e impede que muitas pessoas se beneficiem pelo medo que sentem. Esta fantasia é muitas vezes instigada pelos artistas hipnotizadores – os hipnotizadores de palco, ou mesmo pelas produções hollyodianas que exploram as emoções através do jogo de poder e controle.

Sobre esses temores, quero ressaltar que todo indivíduo tem autonomia sobre suas ações, sendo os seus desejos soberanos sobre sua vontade, ou seja, àquilo que pode imaginar e realizar. Portanto, se um hipnotizador mal-intencionado sugerir um comportamento amoral para o indivíduo hipnotizado, este sairá automaticamente do transe, o que só não acontecerá, se este for o desejo do indivíduo hipnotizado. Tal situação pode ser comparada com “certos” estados de alcoolismo que são comumente utilizados para justificar atos inaceitáveis: “eu estava bêbado, não sabia o que estava fazendo”. O álcool no exemplo citado é a auto-autorização para transgredir – o que exime o indivíduo de se justificar socialmente.

Psicólogo Clínico e Mestre em Psicologia da Saúde com Dissertação sobre Hipnose.
Clínica com atendimento em São Paulo e em São Bernardo do Campo.
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domingo, 3 de outubro de 2010

Hipnose e a Disfunção Erétil

Hipnose e a Disfunção Erétil

Descartado os aspectos de etiologia orgânica, que nos casos das disfunções sexuais representam a menor parcela dos casos, as disfunções sexuais masculinas, em especial a disfunção erétil, é a razão de grande sofrimento para muitos homens, desencadeando baixa auto-estima, depressão, apatia, e outras desordens psicoemocionais. Trata-se de um distúrbio que afeta indiscriminadamente homens de diferentes faixas etárias (cerca de 5% da população mundial até 40 anos).

Antes de mais nada, quero ressaltar que episódios de falha na ereção é tido pelos especialistas como algo natural, não caracterizando necessariamente uma disfunção patológica. O problema é que esses episódios quase sempre geram um desconforto e uma preocupação, que de tão exagerada, pode favorecer novos episódios, ai sim, conduzindo para um problema mais sério.

Pelo fato da sexualidade ainda ser cercada de tantos tabus, a impotência está culturalmente ligada à força do homem, sendo muitas vezes o rebaixamento da potencia representado como enfraquecimento. Ainda sob a influencia cultural e às novas exigências, cresce o apelo ao desempenho como símbolo de masculinidade. Pílulas para aumento da potencia são usadas indiscriminadamente, como recurso reforçador de desempenho para o chamado – e esperado – “bom de cama”. Em grande parte esta exigência é muito mais do homem do que da mulher, que, a despeito da crença masculina, valoriza e considera o carinho como elemento essencial do bom relacionamento.

A tensão excessiva e a preocupação com o desempenho e a avaliação do mesmo pela parceira, são as causas comumente apontadas nos casos de disfunção erétil. Relatos de casos mostram que isso não ocorre na masturbação pela evocação da imagem da pessoa desejada ou mesmo pela estimulação através de imagens eróticas. Também não acontecem nas ereções involuntárias, como a ereção noturna. Invariavelmente essas ocorrências estão associadas a imagens negativas em relação a si próprio e a parceira, por experiências vividas ou imaginadas.

A contribuição da psicoterapia com recursos de hipnose nas disfunções sexuais está justamente na construção de uma representação mais positiva da experiência sexual, reduzindo a expectativa sobre a performance e valorizando o envolvimento como um todo. Utiliza-se recursos para uma nova resposta a partir da leitura adequada e real da experiência que faz gerar tensão. Emprega-se por esse recurso a representação mental positiva como a utilização de todos os sentidos presentes na experiência sexual, reduzindo a insegurança e o medo do fracasso.

De fato sabemos que os problemas de ordem sexual em grande parte originam-se no plano mental e na crença negativa e autolimitante. A mudança desse padrão através da hipnose conduz para resposta adequada/desejável e o equilíbrio sexual, como a auto-aceitação e a adequação da realidade.

Psicólogo Clínico e Mestre em Psicologia da Saúde com Dissertação sobre Hipnose.
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