quarta-feira, 30 de março de 2011

Hipnose e Regressão de Idade

A máquina do tempo, inventada e reinventada tantas vezes nas produções cinematográficas, tornou-se a grande obsessão do homem moderno. Da recriação do período jurássico através dos recursos computacionais às excursões para o futuro. Novas cidades, diferentes dimensões, outros mundos.

Os físicos modernos se debruçam sobre modelos teóricos e hipotizam a respeito de viagens através do tempo. Se toda essa discussão, por enquanto, permeia apenas o campo da ficção e das hipóteses teóricas, no campo do psiquismo humano a coisa se mostra um tanto diferente, a começar pela própria atemporalidade mental. Basta referirmo-nos a fatos sofridos no passado e..., sofremos novamente.

De fato, esta flexibilidade mental-temporal é a razão principal das angústias humanas; lamentação (o que foi) e preocupação (o que será).

Então, são falsas ou verdadeiras as experiências relatadas sob transe hipnótico? Alguns pesquisadores provaram que a regressão de idade acontece também numa instância fisiológica.

Em 1896 o fisiólogo Joseph Babinski relacionou o desaparecimento do reflexo cutâneo plantar normal à disfunção das vias piramidais (o teste de Babinski só é verificável a partir de alguns meses de idade, já que o bebê não apresenta o reflexo plantar). Conforme relatos encontrados na literatura sobre hipnose, numa regressão induzida à tenra idade, o teste de Babinski apresenta-se negativo, demonstrando que o indivíduo regride também fisiologicamente, acessando uma instância arcaica de sua neurologia.

Um individuo regredido hipnoticamente é capaz de acessar os “arquivos” cujos caminhos foram esquecidos no transcurso do tempo. Tal fato pode ser comprovado ao observamos pela primeira vez uma fotografia de nossa infância e, imediatamente, reconstituirmos os fatos associados com certa naturalidade: “puxa, lembro-me agora desta camisa de estampa laranja que ganhei de minha madrinha”; “tirei esta foto no terreno onde é a casa do Seu Juca”; “lembro-me agora que nesta época eu tinha um triciclo vermelho”. O fato é que a fotografia serviu apenas para eliciar o registro a muito esquecido.

É importante que se diga que na regressão induzida hipnoticamente o acesso ao período não acontece pela força da vontade ou curiosidade – e esse processo é uma incógnita, mas sim por relações pertinentes aos aspectos relacionados às experiências e necessidades atuais de um indivíduo. Sob esta perspectiva, muitos teóricos interpretam os sonhos. Mesmo que esses refiram aos arquivos de toda uma existência, emerge apenas aquilo que se relacione ao momento do sonhador, possível razão de conflito, como algo não resolvido, compreendido.

Segundo Pincherle, uma hipnose regressiva pode ser usada para regressão de curto prazo, para melhorar a memória de determinados detalhes parcialmente esquecidos ou para regredir a fases traumáticas da infância, do parto, da gravidez e, em certos casos, para voltar a supostas “vidas anteriores”.

Sem dúvida a regressão de idade é um fenômeno intrigante que desafia a compreensão lógica-racional e nos coloca à margem de nosso núcleo – objeto de estudo de filósofos, antropólogos, psicólogos, enfim, toda ciência que tem o homem como foco central. As perguntas que não calam: “De onde vim? Por que estou? Para onde vou?”.

Por Paulo Madjarof Filho
Psicólogo Clínico e Mestre em Psicologia da Saúde com Dissertação sobre Hipnose.
Clínica com atendimento em São Paulo e em São Bernardo do Campo.
Clique aqui e envie um e-mail para maiores informações, ou ligue para (11) 3423.1340 para agendar uma entrevista.

sexta-feira, 4 de março de 2011

O Que Você Quer Ser Quando Crescer?

Você já parou para pensar o que move o homem, qual a sua razão existencial? As pessoas normalmente referem-se à realização pessoal como o motor propulsor de suas vidas. Mas então, qual o combustível que alimenta este motor tornando este homem realizado?

Esta é uma questão bastante ampla que deve levar em conta muitos aspectos e peculiaridades da vida humana e as características relativas a cada pessoa. Inicialmente podemos refletir sobre o homem social, cujos valores lhe são imputados desde cedo. Mesmo antes de nascer, a criança recebe as vestes sociais que se materializa após o seu nascimento com o recebimento do registro civil (que também poderia ser chamado de registro social), as roupas e as boas-vindas (!) dos seus. Logo, sofre a interferência dos que a cercam: pais e familiares, professores, religiosos etc. Acredita, então, que é livre e que pode decidir sempre, a cada momento, sem se dar conta de que as suas decisões são baseadas nos valores incorporados que ela não pôde escolher. Estava tudo pronto!

Mas então, o que torna um homem realizado? Aceitação e prestígio? Obtemos prestígio quando nos tornamos alvo de inspiração positiva para outras pessoas, como uma clara demonstração de reconhecimento capaz de tornar favorável a aceitação. O indivíduo prestigiado é reconhecido pelos seus feitos e realizações: títulos acadêmicos, posição profissional, bens materiais, correspondência afetiva, vigor e saúde. Se tentarmos enumerar pela ordem de importância cada item relacionado ao prestígio, veremos que estão intrinsecamente ligados com sua capacidade de obter e administrar recursos, dentro de um determinado contexto, como o adágio popular que diz: “em terra de cego quem tem um olho é rei – e... prestigiado”.

Portanto, socialmente seremos aquilo que incorporarmos cuja significação esteja pré-estabelecida e reconhecida, como os valores do prestígio, por exemplo. Um automóvel do ano pode ser traduzido como sucesso e mérito individual, um corpo malhado pode significar saúde, os pré-nomes como Dr. (a) ou Prof. (a), estão relacionados aos méritos acadêmicos e de posição social, a grife das roupas e o modo como se veste indica um estilo de vida, e por ai vai...

Quanto a pergunta sobre o combustível que move o homem, suas razões e motivações, você pode responder agora qual é o seu?

Por Paulo Madjarof Filho
Psicólogo Clínico e Mestre em Psicologia da Saúde com Dissertação sobre Hipnose.
Clínica com atendimento em São Paulo e em São Bernardo do Campo.
Clique aqui e envie um e-mail para maiores informações, ou ligue para (11) 3423.1340 para agendar uma entrevista.

quarta-feira, 2 de março de 2011

Hipnose: Tudo o Que Você Queria Saber!

O psicólogo e Prof. Ms. em Hipnose, Paulo Madjarof Filho, participou do programa Jovem Pan Online, exibido no dia 10/12/2009.

O tema abordado foi: "Hipnose".

A aplicação da Hipnose nas áreas da saúde sofreu nas últimas décadas um impulso considerável, o que nos leva a considerar que, hoje, esta ciência e arte atingiram sua maturidade. Com efeito, são inúmeras as suas aplicações nas ciências da saúde.

Assista a entrevista e tire todas as suas dúvidas sobre a Hipnose.

Vejam o vídeo abaixo com a entrevista completa.

Por Paulo Madjarof Filho
Psicólogo Clínico e Mestre em Psicologia da Saúde com Dissertação sobre Hipnose.
Clínica com atendimento em São Paulo e em São Bernardo do Campo.
Clique aqui e envie um e-mail para maiores informações, ou ligue para (11) 3423.1340 para agendar uma entrevista.

terça-feira, 1 de março de 2011

Pense em Qualquer Coisa, Menos num Gato Roxo com Bolinhas Amarelas...

É óbvio que para saber no que não devo pensar tenho que fazer uma representação mental do significado, ou seja, criar a imagem (pensar). É comum que a criança advertida pela mãe sobre o risco de deixar derramar o leite, o faça. Isto acontece porque o cérebro de um modo instantâneo representa a imagem do comportamento indesejado, que por vezes se concretiza.

Significado é a idéia que se faz de um objeto, sugerido por sua imagem acústica ou significante, ou seja, é a representação mental que fazemos das coisas. É o fruto das experiências em consonância com os nossos valores e crenças.

Como um computador poderoso e eficiente, a mente corresponde imediatamente ao som ou imagem cuja representação foi construída ao longo dos tempos, conforme as experiências vividas por cada pessoa.

Se um grupo de amigos assistirem o mesmo filme contarão diferentes estórias ao sair do cinema. O filme evidentemente é o mesmo, no entanto o significado atribuído muda de pessoa para pessoa.

Agora, pense e ouça qualquer música desde que não seja o Hino Nacional Brasileiro... Será que você consegue?

Por Paulo Madjarof Filho
Psicólogo Clínico e Mestre em Psicologia da Saúde com Dissertação sobre Hipnose.
Clínica com atendimento em São Paulo e em São Bernardo do Campo.
Clique aqui e envie um e-mail para maiores informações, ou ligue para (11) 3423.1340 para agendar uma entrevista.
Related Posts with Thumbnails

Divulgue Esta Página Para Seus Amigos